As instalações desportivas da escola - ginásio e polidesportivo exterior - há muito que deixaram de oferecer boas condições de trabalho para alunos e professores: o piso do ginásio está extremamente degradado, oferecendo mesmo riscos de segurança para a prática desportiva; a iluminação além de deficiente não beneficia da manutenção necessária, tem lâmpadas desprotegidas, grelhas soltas em risco de queda; a pintura das paredes está descascada, é escura e ainda torna mais triste aquele ambiente; os balneários não escapam à situação geral: há azulejos e ladrilhos partidos e, ainda no ano passado, havia caixas eléctricas abertas. Depois, tem a questão do isolamento térmico e acústico: congela-se no Inverno, faz-se sauna no Verão e, com três ou quatro turmas em aula, o barulho é tão intenso que um dia destes estamos todos com problemas auditivos e com as cordas vocais destruídas. E nesta questão do barulho nem se podem assacar culpas aos alunos (ou aos seus professores) porque as aulas de Educação Física, o jogo, a competição, têm que ter entusiasmo e alegria, bolas a saltar, gritos e palmas, incentivos e protestos. E a cobertura? As telhas de Lusalite (com amianto quase de certeza) até já foram erradicadas de outras escolas, onde os pais e os professores protestaram.

Cá fora, no campo de jogos, as marcações dos campos já praticamente desapareceram e o pavimento está tão degradado que qualquer queda provoca, no mínimo, inumeras escoriações.

Obviamente que, com estas condições, nem a qualidade do nosso trabalho fica assegurada, nem os alunos se motivam para as aulas, o que também se reflecte na qualidade do trabalho e nos resultados obtidos.

Ouvi falar de um projecto de intervenção de fundo, quando cá cheguei em 2006, agendado para 2007. Estamos em 2008 e não se vislumbra nada. Naturalmente que não atribuo responsabilidades à gestão da escola por este estado de coisas, apesar de que talvez pudessem protestar mais junto da DREC e do ministério. Espero que as coisas não mudem à força, isto é, quando houver algum acidente grave, protestos dos pais ou manifestações dos alunos.

Entretanto, que podemos fazer?